Pensar a cidade como um mercado é o que nos propõe Luis Mota de Castro nesta sessão do evento Inner City realizada no passado dia 18-abril-2009.
De notar que um mercado é mais do que um lugar onde se efectuam transacções, na verdade é o culminar de todas as actividades que se produzem a montante, e por isso ao pensar a cidade é necessário perceber que populações é vivem no centro da cidade, que actividades é que se realizam no centro da cidade e que populações é que têm incentivo para viver e/ou trabalhar na cidade.
Os mercados são assim pontos de encontro de actividades económicas mas com significado social que permitem a essas actividades reproduzirem-se, replicarem-se, perpetuarem-se.
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Duração total – 30:03
Algumas Notas:
- as cidades pensadas como mercados
- havia gente a trabalhar e a viver nas cidades
- sensação actual, cidade vazia
- competitividade – mercados como lugar de encontro entre oferta e procura
- mercado encerra quando terminam as transacções
- teoria economica – mercados têm só coisas e dinheiro, não há pessoas / contextos
- encontro de gentes com interesse
- adam smith – encontro de mercadores, encontravam-se para transacionar coisas – resultado de actividades
- actividades <> transações
- quando se vê só as transacções esquecendo as actividades ficamos com uma visão pobre da realidade
pessoas (agentes com actividades) => sociedades => vidas - que populações é que vivem no centro da cidade, que actividades é que se realizam no centro da cidade, que populações é que têm incentivo para viver e/ou trabalhar na cidade
- competitividade/concorrência entre agentes do mesmo lugar (rua dos caldeireiros, …)
- é importante haver agentes económicos no centro da cidade?
- cedofeita – era a rua das sapatarias mas todas diferentes – deixou de haver competitividade entre agentes
- para haver competitividade no sentido de concorrer com outros mercados é necessario variedade, competitividade interna
- cidade como mercado – bens/serviços
- consumo, produção/fornecimento bens intermédios (hotelaria, pastelaria, …)
- produtores vs consumidores
- cidade tem que ser atractiva para os agentes económicos em diferentes dimensões
- mercados – pontos de encontro de actividades económicas mas com significado social que permitem a essas actividades reproduzirem-se, replicarem-se, perpectuarem-se
- como compatibilizar contextos diferentes
- cidade desertificada? – habitada por aqueles que não se conseguem mover-se
- ricos / médios / pobres – é preciso instituiçoes que façam essa ligação
- mercados para funcionarem bem tem que ser regulamentados. exemplo: bolsas
- factor de competitividade dos shoppings é a sua regulamentação pelo gestor do centro comercial
- exemplo negativo – shopping dallas
- em abstracto, um centro comercial é como o mercado do bom sucesso: é um conjunto de espaço que são lugares para venda, é diferente porque é administrado de forma diferente.
- o que queriamos que fosse o centro da cidade
- – descrever condições existentes
- – descrever visões e ideias
- – organizar recursos para visões
- cada mercado tem concorrentes especificos, centro da cidade concorre com todos eles: consumo (concorrente centros comerciais); habitação (concorrente municipios envolventes); lazer; cultura;…
- qual é o mix da população que queremos atrair, como vamos viabilizar a oferta para essa população?
- o que é necessário – dinheiro, investidores, legislação
- necessário criar contexto que atraia as pessoas