O tema que acompanhou as duas partes desta entrevista com Alexandre Gamela foi o jornalismo digital, nomeadamente o seu contexto e os desafios que apresenta.
Na segunda parte desta entrevista detalhamos principalmente a experiência do site que acompanhou a tragédia da Madeira, porque teve tanto sucesso e como evoluiu.
Duração total – 29:45
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Na sua opinião, grande parte do impacto que este projecto teve deveu-se ao facto da tragédia ter ocorrido a um sábado, numa altura em que a maioria das redacções estaria vazia.
Assim, uma combinação de jornalismo, capacidade tecnológica e uma boa rede que permitiu encontrar mais duas pessoas (Dário Ornelas e Fernando Fonseca) para o projecto permitiu em 2 dias ter um site organizado por pessoas que não estavam sequer na Madeira mas que serviu em alguns casos de primeiro local de informação para quem queria saber dos seus familiares.
De qualquer forma Alexandre Gamela voltou a frisar que “para saber o que se passa tem que se estar no local”. Na sua opinião, esta abordagem tecnológica serve essencialmente para cobrir os momentos iniciais à distância.
Isto não quer dizer que não se deve usar a tecnologia ou que só se deve usar a tecnologia, acima de tudo, refere, “a tecnologia permite-nos repensar como construímos o produto [notícia]”
“Como temos interactividade, comunidade, redistribuição de conteúdos, multimédia é preciso criar um produto jornalistico que tenha em conta todos esses factores e que mantenha / aumente o seu valor central informativo”.
“O conteudo informativo tem importância por causa do impacto que tem para nós como membros de uma sociedade”, concluiu.
Ficaram ainda muitas coisas por falar, nomeadamente saber como tornar rentável ou minimamente sustentável o jornalismo do sec. XXI.
Se quiserem saber a opinião do Alexandre Gamela é só acompanhá-lo no seu blog em http://alexgamela.com/blog.